Arte personalizada por talentosas mãos
A Auxiliar de Apoio ao Educando, Beatriz Barbosa, desenvolve lettering em canecas, quadros, paredes e placas
Publicado em 12/03/2024 08:31
O lettering é uma forma de arte onde as letras são desenhadas à mão, muitas vezes de maneira decorativa e estilizada. Ao contrário da tipografia, que envolve o design de fontes para uso em impressão ou digital, o lettering é mais pessoal e artístico, muitas vezes usado em projetos de design gráfico, convites, cartões, murais, entre outros. Este tipo de arte sempre interessou a Auxiliar de Apoio ao Educando, Beatriz Barbosa, mas foi na pandemia que a colaboradora se aprofundou no estudo da técnica. Na época, a profissional aproveitou o talento para realizar vendas online e improvisar uma renda extra. Agora, empregada da MGS alocada na Escola Municipal João Pinheiro, Beatriz desenvolve o lettering como hobby, mas ainda aceita encomendas para execução em seu tempo livre.
Herança de talento
Desde criança Beatriz se interessava por diversos tipos de arte e tinha sua mãe como grande inspiração. “Não tínhamos muitos recursos, mas eu gostava de enfeitar meus cadernos, então fazia recortes e colagens com revistas em quadrinhos, desenhava e pintava os panos de prato que minha mãe bordava. Foi com ela também que aprendi a bordar. Acredito que boa parte desse meu talento e interesse pela arte veio dela”, afirma.
A arte sempre fez parte da vida de Beatriz e a empregada conta que já fazia lettering há muito tempo, no entanto, não sabia que a técnica tinha esse nome. “Eu fazia desde pequena, mas não sabia exatamente o que era. Quando tive um tempo maior, na pandemia, busquei aprender sobre o assunto e fiz um curso. Fazia lives e vendia meus produtos pela internet”, explica.
Hobby terapêutico
Engajar-se em hobbies pode ser uma maneira saudável e gratificante de utilizar o tempo livre e promover o bem-estar pessoal. Para Beatriz, a arte é terapêutica e uma das atividades que mais gosta de fazer em seu tempo livre. “Trabalho na MGS há um ano e por ter que me dedicar durante todo o dia, não tenho o mesmo tempo que tinha para o lettering. No entanto, nas minhas horas vagas é o que mais gosto de fazer. Faço em quadros, paredes de quartos infantis, porcelanas. É uma terapia para mim”, garante.
Antes de ser admitida na MGS, Beatriz trabalhava em um abrigo para meninas em situação de vulnerabilidade. A colaboradora conta que lá também desenvolvia um trabalho com a arte, além da sua função de educadora social. “Sempre gostei dessa área voltada para a educação. Fiz magistério e gostava de artesanato. Lá no abrigo trabalhava algumas coisas ligadas à arte com as meninas, mas minha função principal era ajudar com os deveres da escola, acompanhar em idas ao médico, dentre outras”.
Amor por cuidar
Beatriz explica que sua experiência profissional e pessoal a fez querer ingressar no cargo que ocupa hoje na MGS. A profissional é mãe e seu filho é portador do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). “No abrigo cuidava de crianças, mas era diferente. Não haviam muitos indivíduos de inclusão. Já nas escolas meu trabalho é acompanhar crianças com condições que envolvem diversos cuidados. Sou habituada, pois vivo essa realidade dentro da minha casa, com o meu filho. Amo o que faço e posso garantir que a gente aprende muito mais do que ensina. Estou muito feliz”, assegura.
por Nathalia Bittencourt