Empregados MGS do Hospital do IPSEMG são orientados sobre assédio
Ciclo de palestras buscou instruir sobre os tipos e denunciar à Ouvidoria MGS
Publicado em 16/05/2023 10:29
As diversas formas de assédio no ambiente de trabalho podem ter um impacto muito negativo e significativo para a saúde física e mental dos empregados. Por isso, a fim de prevenir ocorrências e promover uma cultura organizacional saudável aos colaboradores, a MGS promoveu nas últimas semanas palestras sobre os tipos de assédio e como denunciá-los. Os participantes dos encontros foram empregados MGS do Hospital Governador Israel Pinheiro – IPSEMG e a responsável pelas exposições foi a assistente social, Franciele Michele Ornellas da Silva.
Segundo Franciele, a participação e o interesse dos empregados pelo tema abordado foram perceptíveis nos dias das palestras. “Os colaboradores compartilharam de maneira voluntária suas experiências e dúvidas que fizeram toda diferença nos encontros. Alcançamos em média 60 pessoas por palestra, portanto um total aproximado de 150 colaboradores, por isso acredito que impactará positivamente nas relações de trabalho promovendo tratamento digno e humanizado que resultará em um ambiente mais saudável”, assegura.
Avaliação dos empregados
A assistente social ainda destacou em um dos encontros o cuidado que se deve ter ao abordar assuntos relacionados à vida pessoal dos colegas. “Sabemos que as pessoas comentam sobre a vida pessoal do outro, mas é preciso ficar atento à difamação. Aqui é nosso local de trabalho, temos amigos, estabelecemos relações, mas precisamos ser profissionais. O ambiente de trabalho requer postura”, explica.
Para a servente de limpeza que trabalha na MGS há seis anos e no Ipsemg há três, Patrícia Soares de Almeida, é essencial ter acesso a este tipo de informações porque algumas pessoas não entendem o que é o assédio e o mal que ele causa. “É muito sério e pode ser levado para o âmbito criminal. As pessoas não têm consciência, infelizmente. Quando converso com minhas colegas de trabalho comento que a gente sai de casa para prestar um bom serviço, respeitar e ser respeitado. Por isso aprender sobre limites é fundamental. Eu já passei por experiências na minha família e sei que destrói o psicológico da pessoa. O conhecimento faz toda diferença em nossa vida, por isso esta iniciativa da MGS é muito interessante”, afirma.
Vera Lúcia Santos da Silva, também servente de limpeza, reitera o depoimento da colega e destaca o quanto receber estas informações podem melhorar a convivência. “Estamos vivendo uma época de muito assédio e isso é grave. Estou na MGS há quase 25 anos e já presenciei muita coisa. Palestras excelentes assim são importantes principalmente para a prevenção”, ratifica.
Tipos de assédio
Os três tipos de assédio definidos em resolução pelo Conselho Nacional de Justiça são: assédio moral, sexual e discriminação. De acordo com a assistente social, Franciele, são diversas as atitudes que caracterizam o assédio, como piadas ofensivas, intimidadoras ou incômodas; xingamentos, apelidos ofensivos ou calúnias; imagens ou objetos ofensivos, incluindo imagens pornográficas; insinuações sobre atributos físicos; humilhações; ameaças, dentre outros.
“As consequências do assédio são o estresse pós-traumático, a perda de autoestima, ansiedade, depressão, apatia, irritabilidade, perturbações da memória, perturbações do sono, problemas digestivos e até o suicídio. Além disso, há também prejuízos para as empresas que precisam lidar com colaboradores adoentados, absenteísmos, dentre outros danos”, explica.
O que fazer diante do assédio
De acordo com Franciele, resistir e dizer, claramente, não ao assediador é a primeira atitude que deve ser tomada por quem está sofrendo assédio. “Além disso, anotar, com detalhes, todas as humilhações sofridas descrevendo o dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do assediador e dos colegas que testemunharam os fatos, guardar conteúdo das conversas e o que mais achar necessário é importante para apresentar como prova. Romper o silêncio, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofrem humilhações do assediador também é essencial”, garante.
Na hipótese de assédio sexual, caso a vítima seja mulher, deve-se registrar a ocorrência na Delegacia da Mulher e, na falta desta, em uma delegacia comum. Se, eventualmente, a vítima for homem, é necessário registrar a ocorrência na delegacia comum. Caso seja colaborador MGS, o registro do assédio deve ser feito junto à Ouvidoria da empresa, preenchendo formulário relatando o caso desde sua origem, evitando que delas decorram de mais consequências e prejuízos. Acesse www.mgs.srv.br, aba ATENDIMENTO > OUVIDORIA.
por Nathalia Bittencourt