Nosso time é fera também quando se fala em solidariedade
"Recebi compaixão, agora quero passar adiante", conta um dos colaboradores, vítima das chuvas em BH. O time MGS não fica parado e mostra que solidariedade é coisa séria.
Publicado em 14/02/2020 16:07 - Atualizado em 14/02/2020 16:17
A Campanha de Doação de peças de vestuário, roupa de cama, produtos de limpeza, de higiene pessoal e alimentos não perecíveis foi surpreendente. Os colaboradores estenderam as mãos aos desabrigados, atingidos pelas fortes chuvas que ocorreram em Belo Horizonte e Região Metropolitana, e deram um exemplo de amor ao próximo.
Compaixão
Hoje foram entregues os donativos às vítimas na sede da MGS e quem os recebeu já começou a replicar a bondade e a fortalecer a corrente do bem. Esse é caso de Josué Belmonte da Silva, nosso vigia na Rodoviária de BH. Ele contou que casa da família foi inundada pela chuva e também por uma rede de esgoto que arrebentou. “No meio daquele caos, peguei meus dois filhos e os coloquei na parte mais alta da casa. Foi a forma que consegui protegê-los daquele perigo e, principalmente, sujeira”, conta. Josué relata que quando chegou ao trabalho e contou o que aconteceu, uma das colegas da MGS mobilizou os colegas e recolheu donativos pra ele e sua família. “Não esperava tanto apoio. Recebi compaixão e quero passar adiante. Espero que outras pessoas que estejam precisando mais do que eu, recebam estes donativos”, solidariza.
De mãos dadas
Pedras, lama, destroços, desabamento, enchentes e muitas perdas irreparáveis. Este foi o cenário deixado pelas chuvas contínuas e tempestades nesse início de ano. Muitos dos nossos colegas continuam na luta para recuperar o que perderam e outros ainda encontram-se em abrigos e casas de familiares.
Para ajudar essas pessoas, a equipe do Cosau (Coordenadoria de Saúde Ocupacional) está de prontidão. Segundo Valeria Marques Mayrink, coordenadora da Cosau, a lista de empregados que sofreu perdas é muito grande. “Estamos acolhendo e escutando a dor dos nossos colegas. Nosso trabalho tem sido de tentar aliviar tamanho sofrimento e dar alento àqueles que perderam tudo. A família de uma trabalhadora morreu soterrada em decorrência de um desabamento. É uma perda irreparável”, relata Mayrink.
Para a assistente social, Regina Mara Bragatto, há também o estresse pós-traumático. “Algumas famílias reviveram a mesma situação mais de uma vez. Perder tudo é um impacto muito grande, não só financeiro, mas emocional também. Estamos aqui para ajudar”, afirma.
Haja força
“Foi horrível, mas graças a Deus ninguém saiu ferido”, desabafou a servente de limpeza, Edivane Paula de Jesus, ao contar que um desabamento atingiu a casa em que morava, deixando ela, os três filhos de 17, 12 e 2 anos, desabrigados. “Minha irmã, que também tem três filhos, estava comigo na hora porque a casa dela tinha sido atingida. Graças a Deus estamos bem e abrigados na casa da minha mãe. Agora é levantar a cabeça e trabalhar para recuperar tudo”, diz a servente de limpeza.
Doações
Todo material doado por nossos colaboradores será enviado para Cruz Vermelha já que o Servas encerrou as arrecadações de vestuário, roupa de cama e colchões.
por Viviane Primo